quarta-feira, 14 de setembro de 2011

" Querido diário...

...hoje eu acordei provocando medo. Meu sexto sentido amanheceu foda! Digo, estava percebendo as coisas no ar, sentindo sem querer sentir, não sei. Meu olhar falava bem mais que minhas palavras, aliás as palavras mal saiam da minha boca. Eu não usei maquiagem, não arrumei o cabelo... a roupa que estava na minha frente eu peguei, vesti e sai. Mas eu não sai, eu SAI com letras maísculas, porque hoje eu acordei me garantindo, confiando em mim. Eu sabia que até de calsinha de algodão eu ficaria sexy. Com o cabelo despenteado, enganchei uma caneta e fui viver. Não sabia se cruzava as pernas, ou me sentava de lado. Bem, eu estava indecisa... então resolvi sentar de qualquer jeito, talvez sendo natural eu provocasse mais efeito as pessoas que estivessem me olhando. Enfim, eu provoquei. Eu não conseguia passar por um homem sequer e não notar os tipos de sapatos horríveis que eles usam. Eu não conseguia passar por uma mulher sequer e não notar as unhas delas mal feitas. Cheguei em casa e me olhei no espelho. Achei que faltava algo, mas não sabia o quê. Eu sentia que eu estava completa, mas eu precisava de algo mais para completar um espaço mínimo dentro de mim. Me dei conta que precisava de alguém. Eu sou segura si, mas não sou tão fria e vazia quanto pareço, eu preciso de alguém sabe. Eu preciso de alguém nem que seja para dizer: "Eu estou com você!"... foi daí então que meu sexto sentido falhou. Falhou porque minha segurança tinha ido embora quando notei que estava sozinha. Percebi que aquela garota ali no espelho era eu mesma, mas eu não podia me abraçar, eu não podia manter contato. Era eu, e um espelho que refletia minha própria imagem. Eu me quebrei. Em um só pulo me deitei na cama fechei os olhos e disse: "Fudeu!" Eu não tenho ninguém pra contar meu dia, para dizer que se importa, para me fazer bem.... foi daí então que meu celular vibrou. Merda, eu já não aguentava mensagem da oi reclamando sobre recarga... foda-se. Para minha surpresa tinha algo mais ou menos assim: "Dói muito não ter você aqui. Dói muito não poder te anbraçar. Dói muito te amar e não poder usufruir esse amor quando quiser, mas é isso. Eu te amo e não vou abrir mão disso por nada." Não vou dizer que minha segurança voltou só por conta disso, mas eu sabia que não estava mais sozinha. Eu sabia que estava precisando de algo, de alguém, dele. Eu tenho alguém, eu tenho ele. Não sei o que acontece, mas eu não me importava em ficar sem ele, mas queria que ele estivesse sempre pertinho de mim. "

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